quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Catarse

Este ano novo vai marcar a ferros os outros todos que aí vêm. Olhe, Dona Fátima... que sa foda.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

toda a gente swinga

"Ele nunca aparece, há-de gostar muito dela, há-de... Bem que posso mandar o barro à parede, não perco nada."

"Se tiras esse tipo de férias abres um precedente e eu passo a tirar também esse tipo de férias e tu não vais gostar. Férias para mim são contigo. Não entendo, desculpa, não consigo entender."

"Mas isto agora é assim, o indivíduo funde-se e o casal nasce? Porra, era um jogo da bola, ela tinha mesmo que vir?"

"Se queres ficar em casa, fica. Mas ouve bem o que te digo: em breve não vamos ter histórias para contar."

"Eles? Ah não, eles têm uma relação super saudável. Ela anda sozinha para todo o lado."

"Eu poder posso, mas ele não pode, então eu fico também para ele não ficar triste, percebes?"

Season Greetings

Há duas razões pelas quais vale a pena conhecer pessoas: música e receitas rápidas. Coisas que ficam.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

só gosto de ti

Há um par de semanas fui ao karaoke. Já não ia ao karaoke há muitos, muitos anos. A última vez tinha sido em Xangai, numa daquelas salinhas privadas num edifício enorme só para salinhas de karaoke, e tinha incluído champanhe e fruta tropical a pingar de fresca servida em bandejas por chinesinhas e havia pipocas por todo o lado e as poucas músicas em estrangeiro eram legendadas em mandarim. Difícil de bater. Neste karaoke de há duas semanas havia homens de blusão de ganga, uma gigante bola de fumo empurrada de um exaustor para o outro, empregadas de bar grávidas de 8 meses, três Marlenes e uma Liliana. Também difícil de bater. E ali no meio daquilo tudo, os Heróis do Mar, a lembrar às mulheres que só se gosta de um homem de cada vez e que isso, ainda que primitivo, é um fardo bonito de se carregar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

timesaver

A parte boa dos homens mais velhos, mesmo que pouco ensinem, é que sabem sempre do que estamos a falar.




quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Histórias de amor sem fim

Sempre houve alguma coisa que me seduziu de sobremaneira nas histórias sem fim. Lost in Translation, In the Mood for Love, Passage to India... histórias que acabam antes de começar, histórias que se dissipam antes de acabar, histórias que se esbarram violentamente em silêncio contra alguma coisa que não se vê. Ficam os chinelos dela para sempre debaixo da cama, fica uma fotografia de costas, fica a agonia daquele segundo maior que uma hora em que ele podia ter voltado e não voltou.
São histórias difíceis de contar, histórias repletas do embaraço de quem narra uma história que não entende. As únicas histórias possíveis.

In the Mood for Love