terça-feira, 9 de março de 2010

Como sempre, atrasada

Não podia deixar de fazer uma menção (tardia) ao Dia Internacional da Mulher.
Para começar, devo confessar que nutro um sentimento de indiferância relativamente aos Dias Internacionais de. Este sentimento, que reside na fronteira entre a indiferença e a repugnância, condiciona logo à partida a minha visão sobre este dia, certíssimo. Acresce a ele o já cliché da inexistência do Dia Internacional do Homem, que parece tornar a celebração da emancipação feminina - não esqueçamos o evento histórico que legítima e nobremente lhe determina a data - num elogio à pobre e desfavorecida. Certíssimo também. Contudo, há um "contudo".
Com a idade aprendo que há experiências reais que mudam a raiz do nosso (pensaríamos) forte e sólido ideário. Foi exactamente o que aconteceu ontem, 8 de Março - Dia Internacional da Mulher, à noite. Aprendi que qualquer Dia Internacional de que valha um jantar delicioso de ratatouille, queijo, muitas ervas e um excelente vinho tinto, pago por um homem a uma mulher num sítio bonito, é um Dia Internacional de válido, nobre e que deve ser celebrado por muitos e muitos anos.

Um comentário:

lampâda mervelha disse...

E por homens também. Continuo a achar que continuam em falta...