segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Já é amanhã.

Ainda não foste?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

On love and cooties


A ameaça de greve do futebol

Caraças, e nem os serviços mínimos garantem?
Mau fisco, fisco feio. A atrapalhar-nos a vida assim, não pode ser. Então e as crianças?

http://publico.pt/1530969

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Midi

Quando éramos pequeninas tínhamos um piano a pilhas da Yamaha que dava bonitas músicas só com um botão. Eu fingia que tocava e ela esperava por vez para praticar as escalas, aborrecida pela minha infantilidade.
Para mim, ela continua pequenina. :')

Já era da comunicação.

Primeiro as pessoas falavam.

Depois vieram os telefones e as pessoas ligavam para casa umas das outras e perguntavam se cicrano estava e, se sim, ouvia-se o som dos chinelos de cicrano a bater chão fora e o barulho do exaustor e às vezes ao fundo a voz de um homem mal-disposto.

À terceira era pôs-se fim a esta violência da intimidade sonora. SMS. Prático, rápido, barato, sem qualquer tipo de frincha sobre a repulsiva vida do próximo.

Depois veio o Facebook. A vida em ambiente azul seleccionado. E as pessoas escrevem aquilo que sabem que tu queres ler, e tu dizes as coisas que reescreveste quatro vezes até ficarem suficientemente crípticas para só aquela pessoa, só aquelinha mesmo, entender ou, melhor ainda, não entender ao certo mas cismar na ambiguidade da mensagem. Outras vezes não filtras nada e é um forrobodó de comentários e não faz mal, porque tu além de gostares de Ingmar Bergmar também és assim, tens esse selo de Party Animal. Ah, espera, isso era no Hi5.

E eis chegado o dia em que as pessoas se calaram. Tudo o que escreverias está no 9GAG e vem com cores.

Deixei-o na prancha.



Vai fazer-lhe bem.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Tens uma semana.

Podia dizer que passámos um bom bocado, podia fazer-te acreditar que as coisas vão ser vazias sem ti e que contigo aprendi tanto. Mas mentir dá trabalho e tu dás-me tanto fastio. Sete dias. É bom que cheguem para te pores a andar de minha casa sem deixares rasto.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Caramba, não sejam assim.

Os meios de comunicação social agarram-se constantemente a pequenices com o objectivo óbvio de distrair as massas do que é verdadeiramente importante. Durante dias há audiência garantida em torno do "lapsus linguae" deste ou daquele representante político. Eu cá acho muito pouco nobre e ainda menos inteligente que se compactue com isto, que se continue a alimentar de bandeja a máquina mediática de sanguessugas das palavras em falso.

Caramba, toda a gente sabe que não era exactamente aquilo que o Cavaco queria dizer. O que o Cavaco queria dizer é que, face às despesas que ele tem, o dinheiro é pouco. E ele tem muitas despesas porque desde cedo estudou muito, por conseguinte tornou-se muito bom naquilo, consequentemente teve bons empregos com bons salários, investiu bem o dinheiro, adquiriu imóveis e formou família. Hoje em dia, a simples manutenção deste património não sai barata, naturalmente. Qualquer um entende isto e qualquer um pode fazer o mesmo: estudar.

Este episódio lembra-me aquele recente alvoroço em torno das palavras de Ferreira Leite sobre o pagamento inevitável dos cuidados de saúde. Toda a gente sabe que a senhora não queria propriamente enviar para a vala comum os septuagenários da hemodiálise, está claro que não. Agora que podiam ter educado melhor a sua função renal, isso podiam. Se todos os portugueses trabalhassem mais para a excelência, como o Sr. Cavaco e a Dona Ferreira Leite, pois está visto que escusavam de andar para aí a mendigar tostões ao estado e a esmiuçar as palavras inocentes de quem trabalha a sério.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Travessia no deserto

A expressão veio da boca grande e vermelha de uma mulher pequenina. Tem quarenta anos e descrevia os seus trinta. De alguma forma me revejo e suponho que todos nos revejamos, neste estádio, quando não estamos distraídos por fraldas com cocó. Ao fim e ao cabo, três décadas são um tempo razoável para deixar assentar a euforia das expectativas e ansiedade dos projectos que se formulam em catadupa desde os oito, nove, dez. Por outro lado, é um prazo também expectável para a expiração do prazer que nos deram pessoas e práticas desde as primeiras escolhas sérias. É, portanto, um estádio propício a um novo ciclo de escolhas, escolhas que levam tempo porque não se sabe o que se quer, é certo, mas sabe-se irritantemente bem o que não se quer. E então nasce a sensação de silêncio, de solitude, de morna calma zumbida que faz o deserto.

Até que toca o telefone. É mais um que se divorcia, quer saber como estás, que tantas vezes pensou em ti, que não o julgues por isso, andou em círculos e não atravessou nada, e que tal um cafezinho.

domingo, 8 de janeiro de 2012

tau-tau

Esta é uma daquelas músicas atípicas, músicas que apanham instantes em que não era suposto sentirmo-nos assim. Mandar uma coisa bonita para as urtigas e começar de novo, porque tanto as coisas bonitas como as feias perdem a razão de existir e já se viu muito disso. Agarrar nos tomates e bazar, deixar tudo para trás. É uma das capacidades mais extraordinárias que cada um leva em si, essa de soprar e mandar foder tudo o que construiu. São momentos de adrenalina pura, os que vêm da devastação total combinada com a única certeza de que de agora em diante tens uma puta de uma tábua rasa para começar de novo de forma diferente, nem que seja para ver se os fins são os mesmos quando os começos são outros. Experimentar, nascer e nascer outra vez, saber mais do que a conta. Raios me partam se entendo os enconados que se arrastam na merda morna todos os dias, todos os anos, porque é tão lindo pensar que a vida exige sacrifícios e somos tão mais nobres quanto mais perseverarmos no quentinho. E a gente sorri-se com sorriso de "fui uma má menina" porque devia estar pesarosa e não está, está contente porque varreu tudo a lança-chamas e agora há mais mundo para ver.

Ah, e isto é capaz de ter alguns palavrões, vejam lá os vossos filhos.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Sabes que estás velhinho

quando as músicas novas que te entusiasmam são as que te lembram outras.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Se tem mesmo que ser

Resoluções de ano novo:

- não meter champô nos olhos
- evitar trincar o lábio pela segunda vez no mesmo sítio 
- aguentar mais 12 meses sem guarda-chuva
- não ter aranhas no carro
- não ter um cão
- crescer 4cm