sábado, 10 de julho de 2010

E se um desconhecido lhe oferecesse flores?


http://grllooking4excitement.files.wordpress.com/2009/04/prince-charming2.jpg


Nos anos 80, seria obviamente Impulse.

Mas e hoje? Onde acaba a coragem do impulso e a excentricidade do momento para dar lugar à evidência do desespero?

Sonhamos com as coincidências cósmicas que fazem saltar príncipes e princesas dos arbustos para aterrarem nos nossos colos, almejamos momentos mágicos em que sacam das cartolas o Inesperado, suspiramos a cada "boy meets girl" no grande ecrã desde que não meta a Meg Ryan. Mas vai-se a ver... torcemos o nariz com cepticismo e desconfiança de cada vez que alguma coisa remotamente semelhante acontece de facto.

Que de errado se passa connosco?

4 comentários:

Calíope disse...

Tens toda a razão. A transposição dos nossos sonhos para a realidade passam pelo filtro do realismo e da racionalidade e é aí que a coisa pode dar um bocadito para o torto, pq intuímos segundas, terceiras, quartas intenções e sei lá mais o quê...

Wiwia disse...

E haverá um sinal de "fronteira" assim para o claro?
Tipo "desconhecido oferece flores" = impulso vs "desconhecido oferece almoço" = desespero?

Calíope disse...

Hmm... Lamentavelmente acho que não. Eu recorro ao "Bauchgefühl", pois diante das mesmas flores e dos mesmos almoços com pessoas diferentes as minhas reacções e consequentes respostas foram simetricamente diferentes.

lampâda mervelha disse...

Eu ofereço plantas e cactos. Aliás, oferecia.

Bah... (suspiro)...