sábado, 7 de agosto de 2010

Os Três Porquinhos

Esqueçam tudo o que alguma vez vos contaram sobre os três cevados mamíferos que construíam casas. Saibam agora que, aproveitando a tendência de colagem de modelos nórdicos de educação em solo latino, os três porquinhos não andaram a trolha, não, foram antes para a escola.

O porquinho mais velho, mais gordo e mais dado ao alheamento da esterqueira entrou em Letras. O do meio, teso e rabeante, cursou Direito, enquanto que o mais novo, conhecido por desconhecer a Arca de Noé e Outras Histórias Fundamentais, seguiu para a Faculdade de Engenharia.

Saídos mestres e licenciados, os suínos compraram as casas que bem entenderam, todas elas anti-sismo e equipadas com detectores de incêndio. Todas as quintas, o Do Meio e o Mais Novo jantavam em casa do Mais Velho. De mês a mês, o Mais Velho jantava na casa de um dos outros. Alternadamente. A vida corria de feição aos três, para profundo contentamento das crianças entre os 2 e os 6 anos de idade. Mas como o mercado é feroz e há que lhe atacar mais franjas, os porcos começaram a inquietar-se com tamanha normalidade, a antever o quadradismo que a vida lhes reservava e a deixar de suportar o adquirido.

TO BE CONTINUED
if it apeteceite mi

2 comentários:

lampâda mervelha disse...

O triunfo dos ditos ?

Eu disse...

Mais, please. Quero saber como acaba!