Se a cada mês de vida me sentasse a fazer um balanço - não, de pé não - concluía que todos os meses têm coisinhas pequeninas aguçadinhas. Como uma areia no olho ou a caruma que se me espeta no rabo sempre que me sento na tenda de campismo em biquini. São coisas que as pessoas são, ou coisas que as pessoas são incapazes de ser, que deixam cicatrizes e mais um milímetro de testa a cada mês que passa. Mas dizem que trazem montes de vantagens. Os dramas e as desilusões deixam dores crónicas que não permitem esquecer erros e obrigam a pensar três vezes antes de repetir uma encrenca, tipo aqueles 3 segundos de hesitação antes de meter à boca o pimento padrón que toda a gente à mesa já avisou que asfixiava.
Portanto, há dores dessas, que são pa' meninos e que não interessam pevide - a malta diz que eu escrevo muitos palavrões, ando a munir-me de um arsenal maricas de alternativas -, e depois há as dores a sério. Dores para homem. Simétricas e deliciosas, quem dera que nunca passassem.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
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7 comentários:
Estúpida de merda!
(já que não permites comentário no post anterior)
Obrigada. :)
O título dizia "ténua fronteira" e ninguém me avisava???Amiguinhos da onça...
Podias estar a criar um neologismo...
Há uns tempos no meu blogue dizias que essas coisinhas pequeninas e aguçadinhas ou outras maiorzitas e mais rombas não criavam calo, mas sim músculo. Eu achei que a ideia era a mesma mas numa embalagem muito melhor. Quere-la de volta?
MC,
Eu disse isso? Sou tão esperta :)
Obrigada, mas essas nao relevam, por agora. Quando precisar eu peço-te. ;)
Olha lá, foste tu que foste corrigir-me para o blog?
What a douche!
Idieotta,
Primeiro, nao percebo porque metes o JP ao barulho. Segundo, se eu te quisesse corrigir fá-lo-ia orgulhosamente sob o meu próprio nome.
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