Tinha isto para aqui em rascunho mas não publicava porque achava que era música de gaja. Porém, ontem vi dois sujeitos, um à frente e outro atrás, a entusiasmarem-se com a musiquinha e afinal amanheceu em mim que não é só música de gaja, pode agradar a vários públicos. E não estamos aqui para outra coisa, sirvam-se à vontade.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Causa de morte
- Mentir é coisa feia. Faz-nos lamentar termos nascido. E não termos nascido é uma maldição. Ficamos condenados a viver fora do tempo. (...)
- Compreendo.
- Não se pode desfazer uma mentira. E nem a própria verdade é suficiente.
- Compreendo.
- Não se pode desfazer uma mentira. E nem a própria verdade é suficiente.
Auster, Paul. A Trilogia de Nova Iorque.
domingo, 25 de setembro de 2011
Interessa apenas ao menino Jesus, mas estou em crer que ele lê blogues de miúdas.
A maior parte, maior mesmo, das músicas que me fazem parar de olhos muito abertos e me dão irritação na garganta, que vai até lá acima como o gás da água Castelo, têm letras com as quais não me identifico nem sequer remotamente. Não tenho referências passadas nem ambições futuras que se assemelhem às histórias que cantam.
As coisas definem-se por aquilo que não são, cada vez melhor vejo. A plasticidade do que são é tão mais matreira.
As coisas definem-se por aquilo que não são, cada vez melhor vejo. A plasticidade do que são é tão mais matreira.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Quatro negrões e um referendo
É melhor:
A) querer e não poder ter,
B) ter a paz de não querer
ou
C) ter e não querer?
Cautela. Se não gostar dos resultados digo que era gonorreia.
A) querer e não poder ter,
B) ter a paz de não querer
ou
C) ter e não querer?
Cautela. Se não gostar dos resultados digo que era gonorreia.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Eu conheço os meus direitos
para hoje:
- 3 minutos de lamechice
- mil e tal euros em cash
- uma cerveja a ver o sol pôr-se acima da linha do Equador
- um galo de Barcelos oferecido
- 20 minutos de lamúrias várias sobre "o sistema" (Dona Dulce para os amigos)
- não corrigir exames
- comer 4 quadrados de chocolate preto (...check...)
- não usar collants *bleurk* transparentes *bleurk*
- ouvir músicas bonitas de pretinhos e esconder a cara nas mãos
- não conseguir escrever uma linha que interesse e estar bem com isso.
- 3 minutos de lamechice
- mil e tal euros em cash
- uma cerveja a ver o sol pôr-se acima da linha do Equador
- um galo de Barcelos oferecido
- 20 minutos de lamúrias várias sobre "o sistema" (Dona Dulce para os amigos)
- não corrigir exames
- comer 4 quadrados de chocolate preto (...check...)
- não usar collants *bleurk* transparentes *bleurk*
- ouvir músicas bonitas de pretinhos e esconder a cara nas mãos
- não conseguir escrever uma linha que interesse e estar bem com isso.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
uma asneira à escolha
E depois há o dia, não importa quão altos os saltos ou cauta a cabeça, em que nos caem os joelhos ao chão e desce de longe a memória do peso da mochila sobre o kispo pequenino, naquele portão onde o pai disse que nos vinha buscar e afinal esqueceu-se.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
them girls they do get wearied
damn that hard?
all you got to do is know how to love her
you've got to
hold her
squeeze her
never leave her
now get to her
O negrão é que sabe.
all you got to do is know how to love her
you've got to
hold her
squeeze her
never leave her
now get to her
O negrão é que sabe.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
Sandes de presunto grátis
não há, mas há um "quiz" sobre uma musiqueta bonita.
Diriam que nesta musiqueta...
(...) If I give my heart to you
I must be sure
From the very start
That you would love me more than her
If I trust in you, oh please
Don't run and hide
If I love you too, oh please
Don't hurt my pride like her (...)
I must be sure
From the very start
That you would love me more than her
If I trust in you, oh please
Don't run and hide
If I love you too, oh please
Don't hurt my pride like her (...)
...há:
A) um homem que pede a uma mulher que o ame mais do que a ex (dele) o amou;
B) uma mulher que pede a um homem que a ame mais do que (ele) amou a ex;
C) um urso que não percebe estrangeiro;
D) ambas as opções B) e C) estão correctas.
Obrigada desde já pela vossa simpática colaboração.
Estes gajos são os maiores, foda-se.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
O dia em que um beijo é mais um.
Chega, irremediavelmente talvez, o dia em que o beijo entre dois é mais um. Um beijo automático ao sair do carro, um beijo distraído entre este e aquele artigo de jornal, um beijo depois de uma piada fraca, a ver se passa, um beijo porque não há nada a dizer. Não se dá o beijo, o beijo acontece sem que já ninguém dê por ele.
E esse dia é triste. Subrepticiamente letal. Como a história, blá blá, das estrelas que explodem ou implodem e as pessoas cá em baixo pensam que não porque ainda lhes vêem a forma. Não há que enganar, beijo sem tesão pede luto porque já não é beijo, é uma cotovelada sem querer mas com outra parte do corpo.
E esse dia é triste. Subrepticiamente letal. Como a história, blá blá, das estrelas que explodem ou implodem e as pessoas cá em baixo pensam que não porque ainda lhes vêem a forma. Não há que enganar, beijo sem tesão pede luto porque já não é beijo, é uma cotovelada sem querer mas com outra parte do corpo.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Correio
Lembro-me das cartas do António Lobo Antunes à mulher e penso se lhe cruzaria o espírito, enquanto rasgava avidamente os aerogramas, que havia de guardá-las em modos, pois que um dia viria um senhor levantá-las e fazê-las livro. Ou se apenas lia, enternecida, e respondia, ternamente, com os conselhos que uma mulher gosta de dar.
sábado, 3 de setembro de 2011
A festa da Gigi
A festa da Gigi, esse marco incontornável da noite portuense, é hoje. Eu não vou à festa da Gigi hoje. A última vez que fui à festa da Gigi diverti-me tanto, mas tanto, que agora tenho medo de lá voltar e estragar tudo. Não foi assim há tanto tempo, mas foi há tempo suficiente para serem "outros tempos". Portanto, se fosse à festa da Gigi e me divertisse menos, sairia a achar que estes tempos não são tão bons como noutros tempos, o que não é necessariamente verdade. Reformulando, é necessariamente mentira. Porque as coisas como o são hoje são-no porque coisas de outros tempos não eram boas e eu fui-me desviando delas até chegar aqui, a esta noite em que vejo com lucidez que os tempos são necessariamente cada vez melhores.
Pensando melhor, sou capaz de ir à Gigi. Sinto-me lúcida e isso é necessariamente aborrecido.
Pensando melhor, sou capaz de ir à Gigi. Sinto-me lúcida e isso é necessariamente aborrecido.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
férias a dois vezes trinta
Ele - E gostaste, dentro da trapalhada toda?
Eu - Adorei. Mas isso é um bocado cliché, parece-me. E tu, por onde andaste?
Ele - Adivinha lá.
Eu - A sério? O mesmo sítio? Não tens emenda, animal de hábitos. Levaste a PSS?
Ele - Pois. Levei.
Eu - Pois? Que foi, correu mal?
Ele - Não... Correu bem.
Eu - Hum. Incomoda-te ir todos os agostos para o mesmo sítio com uma mulher diferente, é?
Ele - Que disparate, claro que não.
Eu - Está bem então. Isto não está nada mau, passa aí o jarro.
Ele - Incomoda.
Eu - Ãh?
Ele - Incomoda-me ir todos os agostos para o mesmo sítio com uma mulher diferente. Começa a incomodar-me.
Eu - Bem me parecia. Parece que vais ter que mudar de sítio.
Ele - Parece que sim.
Eu - Adorei. Mas isso é um bocado cliché, parece-me. E tu, por onde andaste?
Ele - Adivinha lá.
Eu - A sério? O mesmo sítio? Não tens emenda, animal de hábitos. Levaste a PSS?
Ele - Pois. Levei.
Eu - Pois? Que foi, correu mal?
Ele - Não... Correu bem.
Eu - Hum. Incomoda-te ir todos os agostos para o mesmo sítio com uma mulher diferente, é?
Ele - Que disparate, claro que não.
Eu - Está bem então. Isto não está nada mau, passa aí o jarro.
Ele - Incomoda.
Eu - Ãh?
Ele - Incomoda-me ir todos os agostos para o mesmo sítio com uma mulher diferente. Começa a incomodar-me.
Eu - Bem me parecia. Parece que vais ter que mudar de sítio.
Ele - Parece que sim.
Dar a prenda ideal
não é encontrar aquilo que o outro quer ou sequer precisa. É perceber aquilo que nunca será capaz de dar a si próprio.
Cheguei de Nova Iorque. Não tenho sono e não tenho televisão há um mês. No cimo de uma estante encontrei uma caixa de DVDs pirateados, coisa boa, ordenados alfabeticamente. Eu nunca seria capaz.
Cheguei de Nova Iorque. Não tenho sono e não tenho televisão há um mês. No cimo de uma estante encontrei uma caixa de DVDs pirateados, coisa boa, ordenados alfabeticamente. Eu nunca seria capaz.
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