quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ON/C

Num dia de Abril arrumei livros e pratos e lençóis e chorei. Enquanto chorava esvaziei armários, estantes, gavetas, caixas. E continuei a chorar. Limpei mesas, bancadas, varandas e aparadores. Durante 16 horas chorei.

Durante muito tempo pensei nesse dia e nessa surpreendente maratona de chorar. Queria ver-lhe um significado, atribuir-lhe um sentido. Porque eu não sou de chorar e desgostos de amor nunca tive. Erros de cálculo, sim. E diz que doem o mesmo tanto.

Um comentário:

Calíope disse...

Mas pelo menos depois ficaste mais aliviada?