Recebi uma chuvada de sms depois das 24h e, como de costume, não respondi. Mas desta vez o tipo ganhou tomates e escreveu "Se não respondes não saio da tua porta até teres que ir para o trabalho amanhã de manhã." E eu, que não estava em casa, fiquei com um certo receio de voltar. Um certo. Mas voltei.
Entrei disparada pela garagem, não fosse o palerma tecê-las, e qual não é o meu espanto quando se cola à minha traseira um carro desconhecido, que estaciona no primeiro lugar à entrada. Subo a rampa para o meu, sempre a olhar pelos espelhos, desligo tudo, abro a porta decidida, bato o tacão com força até à mala (sei lá porquê, achei que me dava um ar de ninja sob disfarce suburbano), saco agilmente do pc, bato a mala com violência, vejo-o a desligar as luzes e a não abrir as portas, fecho as minhas, sempre tudo muito rápido e coordenado, bato o tacão até à porta de metal, empurro-a num estrondo, chamo o elevador, penso Ai mãezinha que é desta, oiço o eco metálico da porta durante os sete penosos segundos de espera, tiro as chaves da carteira, telemóvel na mão direita pronto a ligar para o homem de 1,80m geograficamente mais acessível, o elevador chega, Porra que és lento!, salto lá para dentro, ainda oiço ao longe o eco interminável da porta pesada e...
...nada. Nadinha de nada. A não ser agora uma ligeira enxaqueca causada por todo o chiqueiro sonoro à minha volta. Irra, que exagero o meu. É tão óbvio que não há tomates que caibam em 160 caracteres.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
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4 comentários:
Ele avisou - vai ficar à tua porta até ires para o trabalho. Tens é que ter medo amanhã de manhã. Pobresinha :p
Agora as pessoas vão pensar que não sabes escrever pobressinha.
Ui, o homem estava a dar ares muito decidido. Mas se calhar não é bem esse o caminho, certo? :P
J., eu tenho para mim que não há nada tão excitante como um homem peremptório por sms e frouxo em presença.
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